D'Baby Adams

D'Baby Adams
Désirée "D'Baby" Adams (nascida em 15 de março de 1961) é uma atriz, cantora, produtora e ativista britânica. Reconhecida por seu trabalho inovador no teatro, cinema e televisão, D'Baby Adams tem sido uma figura de destaque nas artes há mais de cinco décadas. Sua contribuição para a diversidade e representatividade na indústria do entretenimento lhe rendeu diversos prêmios, incluindo um Oscar Honorário, um Tony, um BAFTA de TV e múltiplos prêmios Laurence Olivier. Em 2010, foi nomeada Dame Commander da Ordem do Império Britânico (DBE) por sua dedicação às artes. Entre suas conquistas mais marcantes na carreira estão o Globo de Ouro por Shadows on the Congo (1995), o Emmy pelo papel como atriz convidada em The Wire (2005) e o prêmio Evening Standard Theatre por suas performances em Hamlet (2008) e Richard III (2024). Considerada uma das artistas mais versáteis e influentes de sua geração, D'Baby Adams construiu um legado que transita entre os palcos, as telas e o ativismo.

Vida Inicial

Désirée Adams nasceu em 15 de março de 1961, em Londres, filha de Samuel e Marie-Thérèse Adams, imigrantes da ilha caribenha de Santa Lúcia que chegaram à Inglaterra em 1955 como parte da chamada "Geração Windrush". Seu pai era carpinteiro e sua mãe, costureira. A família se estabeleceu no bairro de Notting Hill, onde D’Baby Adams cresceu cercada tanto pela cultura britânica quanto por suas raízes santa-lucenses. Ela tem uma irmã mais nova, Danika Evangeline Adams, nascida em 1970.

Carreira

1973–1975: Ascensão à Fama

Por volta de 1973, D'Baby Adams havia perdido os pais e ficou responsável por cuidar de sua irmã mais nova, Daneka; enquanto Daneka foi colocada em um lar adotivo, Adams sobreviveu nas ruas de Londres como mendiga. Aos 12 anos, Désirée começou a cantar em frente ao Shakespeare's Globe Theatre para seu sustento. Suas interpretações de canções do musical Jesus Christ Superstar atraíam pequenas, mas entusiasmadas plateias. Foi assim que chamou a atenção do ator italiano Giovanni Moretti, que a indicou ao produtor britânico Cameron Mackintosh.

Em 1974, D’Baby Adams fez sua estreia no West End protagonizando a peça This Girl is So Crazy, no papel de Audrey Whitaker, uma jovem rebelde na Inglaterra vitoriana. Seu desempenho rendeu a ela o apelido "D’Baby", inspirado em uma fala icônica da peça: "When D’Baby speaks, everyone sits and listens." (Quando D’Baby fala, todos se sentam e ouvem). Aos 13 anos, ela se tornou a primeira mulher negra a liderar uma produção no West End. This Girl is So Crazy foi aclamada pela crítica como a maior peça teatral do século XX. A produção atraiu a atenção da Família Real Britânica, com a Rainha Elizabeth II assistindo a uma apresentação no West End e elogiando a atuação da jovem atriz. Décadas depois, esse reconhecimento influenciou a concessão do título de Dama das Artes Britânicas a Adams. A peça ficou em cartaz por dois anos, e D’Baby Adams recebeu o prêmio Laurence Olivier de Melhor Atriz em Peça ou Musical.

1976–1977: Sucesso na Broadway

D'Baby Adams
Pôster de
This Girl is So Crazy

O sucesso de This Girl is So Crazy levou à sua adaptação para a Broadway, sob a direção de Andrew Lloyd Webber. D’Baby Adams reprisou o papel de Audrey Whitaker por mais dois anos, encerrando sua participação em 1977, aos 16 anos. Sua performance lhe garantiu um Tony de Melhor Atriz, tornando-a uma das vencedoras mais jovens da história da premiação. O encerramento da peça no West End entrou para a história do teatro britânico: D’Baby Adams fez um monólogo impactante, acompanhado de luzes estroboscópicas e uma reflexão sobre "o poder da mulher negra". O público respondeu com uma ovação de pé que durou impressionantes 94 minutos, um recorde na época.

1978–1982: Teatro Alternativo e Papéis de Transição

Após o sucesso de This Girl is So Crazy, D’Baby Adams migrou para o teatro alternativo de Londres, assumindo papéis que refletiam sua jornada como jovem mulher e artista. Em 1978, estrelou a peça Oh My Gosh, ao lado da atriz Emma Sullivan. Escrita pelo então promissor dramaturgo Julian Hartley, a produção abordava temas como rebeldia juvenil, identidade e autodescoberta na Grã-Bretanha pós-punk. D’Baby Adams interpretou Lila, uma adolescente de 16 anos lidando com as complexidades da amizade, da família e do primeiro amor. A crítica elogiou sua capacidade de transmitir emoção e vulnerabilidade, mostrando uma faceta mais introspectiva, distante do carisma exuberante de "D’Baby".

Em 1981, D’Baby Adams assumiu um papel ainda mais experimental em Someone Is Sexing, peça provocativa escrita e dirigida por Miranda Cole. Encenada no Young Vic, a produção explorava o despertar sexual, as pressões sociais e os desafios enfrentados por mulheres jovens em um mundo em transformação. D’Baby Adams deu vida a Jasmine, uma estudante de arte de 19 anos lidando com seus desejos e ambições. O uso inovador de elementos multimídia, como projeções visuais e música ao vivo, fez da peça um destaque no circuito teatral alternativo.

1983–1984: Baby, Please e o Momento Decisivo

D'Baby Adams
D'Baby Adams em 1998
na pré-estreia de
Central do Brasil
Em 1983, D’Baby Adams estrelou sua última produção no teatro alternativo, Baby, Please, um drama intenso escrito pelo dramaturgo emergente Marcus Trent. Estreando no Soho Theatre, a peça abordava as dinâmicas de poder, raça e gênero em um relacionamento disfuncional. D’Baby Adams interpretou Evelyn, uma jovem determinada a conquistar sua independência em meio à manipulação emocional e à opressão sistêmica. Seu colega de cena, Gregory Hargrove, deu vida a Victor, seu parceiro abusivo e controlador.

Nos bastidores, a relação entre D’Baby Adams e Hargrove foi marcada por conflitos, com relatos de comentários racistas e comportamento desrespeitoso por parte do ator. Durante uma apresentação, a tensão atingiu o auge quando Hargrove improvisou uma fala ofensiva contra D’Baby Adams. Em um momento que entraria para a história do teatro britânico, D’Baby Adams saiu do personagem, deu um tapa no colega de cena e o repreendeu de forma contundente: "Quando D’Baby Adams fala, todo mundo senta e escuta." O público reagiu com choque e aplausos, e o episódio rapidamente se tornou assunto no meio teatral.

Embora algumas críticas tenham classificado sua reação como antiética, muitos aplaudiram sua coragem para enfrentar o racismo e o abuso em uma indústria que frequentemente silenciava vozes marginalizadas. A frase "Quando D’Baby Adams fala, todo mundo senta e escuta" virou um símbolo de empoderamento e resistência, reforçando sua imagem de artista destemida. No entanto, o incidente também lhe rendeu o rótulo de "raivosa" entre alguns produtores, uma narrativa que D’Baby Adams sempre contestou, apontando o tratamento desigual que mulheres negras sofrem no meio artístico.

1985–1988: Estreia em Hollywood e Hiato

Em 1985, D’Baby Adams reinventou a icônica Fanny Brice em uma versão teatral de Funny Girl com uma abordagem negra, trazendo soul e jazz à produção. Reimaginada como uma mulher negra poderosa, Fanny ganhou uma nova vida, culminando em sua rendição magistral de "Feeling Good" de Nina Simone, que se tornou o grande destaque da peça.

No mesmo ano, D’Baby Adams fez sua estreia em Hollywood no filme A Cor Púrpura, de Steven Spielberg, interpretando Miss Betty, uma empregada doméstica espirituosa. No entanto, os bastidores da produção foram marcados por uma rivalidade intensa entre D’Baby Adams e a co-estrela Oprah Winfrey. Relatos indicam que as atrizes tiveram divergências criativas e disputas sobre seus papéis no longa. O conflito se tornou tão desgastante que D’Baby Adams chegou a considerar abandonar a carreira.

O impacto emocional da experiência, somado à pressão da fama crescente, levou D’Baby Adams a se afastar temporariamente da atuação. Desiludida com a indústria, passou alguns anos longe dos holofotes, viajando pela Índia em busca de autoconhecimento e propósito. Mais tarde, descreveu esse período como uma fase essencial para sua evolução pessoal e profissional.

1989–1994: Transição para a TV e Sucesso com Your Eyes

D'Baby Adams
D'Baby Adams em
sessão de fotos para
a Vogue (2015)
Em 1989, D’Baby Adams migrou para a televisão, assumindo o papel principal da aclamada série britânica Your Eyes. Ambientada na Londres dos anos 1980, a produção acompanhava a vida da Dra. Amara Johnson, uma oftalmologista brilhante, porém emocionalmente complexa, que enfrentava desafios tanto na carreira quanto na vida pessoal, especialmente por ser uma mulher negra em uma profissão predominantemente branca. A lendária atriz Katharine Hepburn integrou o elenco de Your Eyes em sua primeira temporada, em 1989, marcando sua única participação em uma série de televisão. À época, Hepburn declarou que aceitou o convite unicamente pelo prazer de atuar ao lado de uma atriz verdadeiramente autêntica como D'Baby Adams.

A performance de D’Baby Adams foi amplamente elogiada pela crítica, que destacou sua capacidade de equilibrar força e vulnerabilidade. Seu trabalho na série lhe rendeu o prêmio BAFTA de Melhor Atriz em 1990, além do prêmio da Royal Television Society na mesma categoria. Your Eyes se tornou um enorme sucesso, permanecendo no ar por cinco temporadas até 1994.

1995–2000: Cinema Independente e Remontagem de This Girl is So Crazy

Após o sucesso de Your Eyes, D’Baby Adams direcionou seu foco para o cinema independente, buscando papéis desafiadores e não convencionais. Entre 1995 e 2000, ela participou de uma série de projetos aclamados pela crítica, incluindo:

  • Shadows on the Congo (1995): Dirigido por Mike Leigh, este drama britânico explorava a vida de imigrantes em Londres nos anos 1990. D’Baby Adams interpretou Marlene, uma mãe solteira e aspirante a poetisa que luta para equilibrar seus sonhos com as dificuldades da vida. Sua atuação lhe rendeu o British Independent Film Award de Melhor Atriz e o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático.
  • Echoes of a Creole Heart (1997): Neste drama independente americano dirigido por John Sayles, D’Baby Adams contracenou com Alfre Woodard e David Strathairn. Ela interpretou Grace, uma cantora de jazz na Nova Orleans dos anos 1950 que enfrenta o racismo e perdas pessoais. O filme estreou no Festival de Sundance e venceu o Prêmio Especial do Júri para Melhor Elenco, com a atuação de D’Baby Adams sendo destacada por sua intensidade e musicalidade.
  • The Edge of Tomorrow (1998): Dirigido por Lynne Ramsay, este filme experimental britânico acompanhava a relação entre uma jovem (interpretada por Samantha Morton) e sua tia distante, Eleanor, vivida por D’Baby Adams. Seu papel como uma artista boêmia lutando contra o vício demonstrou sua versatilidade e lhe garantiu o London Film Critics' Circle Award de Melhor Atriz Coadjuvante e um Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Musical ou Comédia.
  • Beneath the Surface (2000): Neste thriller psicológico dirigido por Darren Aronofsky, D’Baby Adams estrelou ao lado de Ellen Burstyn. Ela interpretou a Dra. Naomi Carter, uma psiquiatra investigando eventos misteriosos em uma pequena cidade da Nova Inglaterra. O filme estreou no Festival de Cinema de Toronto e venceu o Independent Spirit Award de Melhor Fotografia. A performance de D’Baby Adams foi descrita pela crítica como "hipnotizante". Além de atuar, ela também co-dirigiu o longa, marcando sua estreia como cineasta.

Em 1999, após as filmagens de The Edge of Tomorrow, D'Baby Adams se uniu novamente a Cameron Mackintosh para uma remontagem comemorativa de This Girl is So Crazy: A 25th Anniversary Celebration. Durante a curta temporada, D'Baby assumiu com maestria o papel de Audrey Whitaker, e a peça passou a contar com um ato adicional, completamente escrito por ela. O sucesso de crítica e público foi estrondoso, e essa remontagem se mostrou fundamental para o retorno de D'Baby ao teatro na década seguinte, além de consolidar sua posição como uma das figuras mais importantes do teatro britânico, reforçando sua reivindicação ao título de Dama do Teatro Britânico.

2000s: Retorno ao Teatro e à Televisão Mainstream

Após sua fase no cinema independente, D’Baby Adams retornou ao teatro mainstream, assumindo papéis icônicos em peças clássicas e shakesperianas. Suas atuações nesse período foram amplamente elogiadas, consolidando seu status como uma das maiores atrizes de teatro de sua geração.

  • Medea (2002): D’Baby Adams interpretou a protagonista na adaptação moderna da tragédia de Eurípides, que estreou no West End de Londres antes de seguir para a Broadway. Sua interpretação da feiticeira vingativa foi descrita como "eletrizante" e "devastadora" pela crítica. Ela venceu o Tony Award de Melhor Atriz por sua performance na Broadway.
  • The Wire (2005): D’Baby Adams fez uma participação especial na aclamada série da HBO, interpretando a Dra. Lenora James, uma diretora escolar em Baltimore conhecida por sua compaixão e rigor. Apesar de sua participação breve, seu desempenho foi amplamente elogiado e lhe rendeu o Primetime Emmy de Melhor Atriz Convidada em Série Dramática, seu primeiro grande prêmio televisivo nos Estados Unidos.
  • Hamlet (2008): Em uma inovadora produção de Hamlet no National Theatre, D’Baby Adams interpretou Gertrudes, a mãe do protagonista. Sob a direção de Nicholas Hytner, a peça reimaginou Gertrudes como uma figura mais ativa e complexa. A apresentação final de Hamlet rendeu a D'Baby Adams uma ovação recorde de 135 minutos, um feito sem precedentes no teatro mundial. Sua atuação lhe garantiu o Evening Standard Theatre Award de Melhor Atriz Coadjuvante e o Critics' Circle Theatre Award de Melhor Atriz.

2010s: Aclamação Contínua e Dramaturgia

D'Baby Adams
D'Baby Adams ganha o prêmio de
Melhor Atriz por Coriolanus
Além de sua carreira como atriz, D’Baby Adams se tornou uma proeminente produtora de teatro e dramaturga. Ela fundou a D'Baby Productions, uma companhia dedicada ao desenvolvimento de novas obras e à revitalização de peças clássicas, com foco na diversidade e inovação. Entre suas produções mais notáveis estão:

  • The Black Fire Within (2010): Peça que D’Baby Adams escreveu e produziu, explorando as vidas de imigrantes caribenhos na Londres dos anos 1950. A produção venceu o Evening Standard Theatre Award de Melhor Peça Nova.
  • Black Voices of the Windrush (2014): Um espetáculo de teatro documental que ela co-produziu, baseado em entrevistas com membros da Geração Windrush. O projeto foi aclamado e recebeu o Olivier Award por Realização Excepcional no Teatro Afilhado.

D’Baby Adams também voltou a atuar nesse período, estrelando produções como:

  • Yemanjá – The Queen of the Seas (2012): No épico musical, D’Baby Adams entregou uma performance arrebatadora como Yemọja, a majestosa divindade das águas na religião iorubá e mãe de todos os orixás. Para honrar seus ancestrais e dar voz às narrativas silenciadas, D’Baby mergulhou profundamente nas tradições da diáspora, transformando a peça em um espetáculo icônico que desafiou a branquitude britânica a confrontar e reconhecer as raízes africanas que moldaram o mundo.
  • Coriolanus (2016): D’Baby Adams interpretou Volumnia, a formidável mãe de Coriolano, em uma produção amplamente aclamada da Royal Shakespeare Company. Sua performance foi elogiada por sua "presença imponente e profundidade emocional", garantindo-lhe o Olivier Award de Melhor Atriz Coadjuvante.
  • Your Eyes II: The Musical (2019): Baseado em sua icônica série de TV de 1989, Your Eyes II: The Musical estreou no West End, com D’Baby Adams reprisando seu papel como a Dra. Amara Johnson. Além de co-produzir o musical, sua atuação foi celebrada pela crítica e pelo público. A produção venceu o Olivier Award de Melhor Musical Novo e rendeu a D’Baby Adams o Evening Standard Theatre Award de Melhor Atriz em Musical. Na Broadway, sua performance também foi premiada com o Tony Award de Melhor Atriz Principal.

Em 2018, D’Baby Adams recebeu um Oscar Honorário por suas "contribuições extraordinárias ao cinema, teatro e televisão, e por seu compromisso inabalável com a diversidade e a representação nas artes".

2020s: Sucesso Contínuo e Projetos Futuros

D'Baby Adams
D'Baby Adams como
Rainha Margarida em Richard III
Nos anos 2020, D’Baby Adams continuou a ser aclamada por suas atuações no teatro, na televisão e no cinema como:

  • Only Murders in the Building (2021): Na primeira temporada da aclamada série do Hulu, D’Baby Adams brilhou como Theodora "Teddy" Ravenscroft, uma temida crítica de teatro e antiga conhecida de Oliver Putnam (Martin Short). Ácida e implacável, Teddy construiu sua carreira destruindo sonhos da Broadway com uma única frase mordaz. Sua atuação memorável lhe rendeu o Primetime Emmy Award de Melhor Atriz Convidada em Série de Comédia.
  • Richard III (2024): D’Baby Adams interpretou a Rainha Margarida em Ricardo III, dirigido por Sam Mendes no Old Vic. Sua performance foi descrita como "uma aula magistral de gravidade shakespeariana", rendendo-lhe o Olivier Award de Melhor Atriz Coadjuvante, além do Evening Standard Theatre Award e do Critics' Circle Theatre Award.
  • Black and Powerful (2025): D’Baby Adams estrelará o aguardado filme Black and Powerful, da A24, dirigido por Barry Jenkins. O longa conta a história de Lashonda Williams, uma mulher ferozmente independente que desafia a opressão sistêmica em uma pequena cidade do sul dos EUA nos anos 1970. O burburinho inicial indica que a atuação de D’Baby Adams pode lhe render uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.
  • Crown & Conflict (2025): D’Baby Adams interpretará a Rainha Elizabeth II em Crown & Conflict, cinebiografia dirigida por Yorgos Lanthimos. A escolha de Adams, uma atriz negra, gerou debates, com alguns elogiando a abordagem inovadora, enquanto outros questionam a fidelidade histórica. A produção enfatiza a interpretação artística em vez do realismo estrito. A primeira imagem oficial mostra Adams com um elegante vestido branco e uma tiara de inspiração africana, indicando uma representação distinta da monarca britânica.
  • Euphoria (2026): Com estreia prevista para 2026, D'Baby Adams se juntará ao elenco do fenômeno global da HBO Euphoria como Josephine Bennet, a avó da protagonista Rue (Zendaya). Ex-usuária de substâncias, Josephine entende os desafios da neta e tenta guiá-la para um caminho mais seguro. Porém, ela leva uma vida dupla como Aunt LaChanze, cafetina de um bordel onde Rue acaba se abrigando após perder tudo para o vício.

Além disso, D’Baby Adams lançará sua autobiografia, This D'Baby is So Crazy: Why I Speak and People Sit and Listen, em 2025. Os direitos do livro foram adquiridos pela Searchlight Pictures, que já desenvolve uma adaptação cinematográfica com Angela Bassett no papel de D’Baby Adams.

Música

Em 1976, após o sucesso de This Girl is So Crazy, D’Baby Adams se aventurou na música com o lançamento do single "D’Baby is Speaking." A canção trazia o refrão marcante "sit, sit, sit, when D’Baby speaks, everybody sit (sit, sit, sit)...", uma referência direta à sua fala mais famosa na peça. O single alcançou o topo das paradas no Reino Unido e chegou à 15ª posição na Billboard Hot 100 nos Estados Unidos, impulsionado por uma performance controversa no Saturday Night Live. No entanto, a recepção da crítica foi mista: enquanto alguns elogiavam a originalidade, outros consideravam a letra pretensiosa e apelativa. Mais tarde, D’Baby Adams admitiu arrependimento pelo projeto, descrevendo-o como "exploratório" e "incompatível com meus valores artísticos". Desde então, ela proibiu qualquer comercialização ou transmissão da música, tornando-a uma raridade cobiçada por fãs e colecionadores.

D'Baby Adams gravou versões de clássicos do jazz para Echoes of a Creole Heart (1997), no qual interpretava Grace, uma cantora de jazz na Nova Orleans dos anos 1950. Entre as músicas regravadas estavam "Ain’t Misbehavin’", "On the Sunny Side of the Street", "Do You Know What It Means to Miss New Orleans" e "St. Louis Blues". A trilha sonora foi um sucesso de vendas, alcançando o primeiro lugar nas paradas do Reino Unido e da Billboard 200 dos Estados Unidos, onde permaneceu por semanas.

Em entrevista à Vanity Fair em 2010, D'Baby Adams revelou ter gravado músicas de jazz sobre a experiência da mulher negra de Santa Lúcia na Europa, mas ainda aguardava o momento certo para lançá-las, afirmando que o mundo não estava preparado para a excelência negra que o projeto representava.

Em 2022, gravou clássicos do jazz ao lado de Tony Bennett, seu amigo pessoal desde 1991, quando eram vizinhos em Ohio. Com a morte de Bennett antes da conclusão do projeto, D'Baby declarou em suas redes sociais, em 2023, que as gravações seriam divulgadas no futuro, mas não naquele momento, pois ainda vivia seu luto.

Video Games

D'Baby Adams também emprestou sua voz a diversos títulos de videogame ao longo dos anos, incluindo Star Wars Jedi: Survivor, Death Stranding 2: On the Beach, Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots, Call of Duty: Modern Warfare, God of War Ragnarök, além de Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii. Por seu trabalho em dublagem, Adams conquistou três Game Awards e um BAFTA Games Award.

Ativismo e Defesa de Causas

Ativismo Negro

D'Baby Adams
D'Baby Adams em campo de refugiados
para negros deslocados
D’Baby Adams tem sido uma defensora ativa da diversidade e da representação racial nas artes. Desde os anos 1990, ela se tornou uma das vozes mais influentes na luta contra o racismo sistêmico na indústria do entretenimento, especialmente no Reino Unido. Seu ativismo lhe rendeu amplo respeito como pioneira que derrubou barreiras para artistas negros e desafiou o status quo.

Uma de suas campanhas mais notáveis tem sido seu compromisso de erradicar o blackface e outras práticas racialmente insensíveis no teatro, cinema e televisão. No início dos anos 1990, D’Baby Adams denunciou publicamente produções que perpetuavam estereótipos prejudiciais ou utilizavam blackface, pressionando teatros e estúdios a adotarem práticas de escalação mais inclusivas.

D’Baby Adams também tem sido uma apoiadora vocal de iniciativas que aumentam as oportunidades para artistas negros nos bastidores, incluindo escritores, diretores e produtores. Ela orientou talentos emergentes por meio de programas como a The D'Baby Foundation, que fundou em 2005 para fornecer bolsas de estudo, treinamento e recursos para artistas sub-representados. A fundação já auxiliou mais de 200 pessoas a seguirem carreiras nas artes, muitas das quais conquistaram sucesso em suas respectivas áreas.

Defesa dos Direitos Trans

Em 2001, D'Baby Adams escreveu uma série de reflexões na Catedral de São Patrício, em Dublin, na Irlanda, nas quais abordava questões relacionadas às mulheres trans, especialmente as que viviam em situação de rua. Esses escritos foram posteriormente divulgados como parte de seu ativismo em defesa dos direitos das mulheres trans.

Vida Pessoal

D'Baby Adams
D'Baby Adams participando
do Oscar de 2025
D’Baby Adams foi casada várias vezes, e sua vida pessoal frequentemente estampou manchetes devido a seus relacionamentos conturbados. Seu primeiro casamento foi com o músico britânico Edward "Teddy" Fairbanks, em 1981, mas a união terminou no mesmo ano em meio a acusações de infidelidade. Em seguida, casou-se com o empresário português Hugo Silva Neto, mas o matrimônio se dissolveu em 1983 devido a diferenças irreconciliáveis.

Em 1984, teve um breve casamento com o ator escocês Alistair Naismith, mas o relacionamento foi marcado por discussões públicas, resultando em um divórcio rápido. Ainda naquele ano, casou-se com o diretor de teatro italiano Paolo Aversani, um relacionamento que durou até 1988, quando surgiram relatos de disputas emocionais e financeiras.

Após um período sem casamentos, D’Baby Adams subiu ao altar com o poeta trinitário Desmond Cruz-Rose em 1994, mas o relacionamento terminou em 1996 devido ao comportamento controlador dele. No mesmo ano, casou-se com o pintor venezuelano Rafael Zago, embora o romance tempestuoso tenha acabado apenas um ano depois.

Em 1998, uniu-se ao aristocrata britânico Rupert Cavendish, mas o casamento terminou em 2001, em meio a rumores de inúmeras traições por parte dele. Posteriormente, casou-se com o bailarino russo Dmitri Cezimov, em 2002, mas as diferenças culturais entre os dois levaram ao divórcio em 2003.

Seu casamento de 2004 com o músico jamaicano Lennox Abia durou pouco, encerrando-se em 2005, supostamente devido aos problemas dele com dependência química. No ano seguinte, casou-se com o guitarrista inglês Graham Whitmore, mas suas carreiras conflitantes levaram à separação em 2007.

D’Baby Adams casou-se com o cineasta nigeriano Adeyemi Okafor em 2007, e, embora o relacionamento parecesse estável, terminou em 2010 em meio a acusações de abuso físico. No mesmo ano, casou-se com o escultor japonês Kenji Aoki, mas a união durou menos de um ano.
D'Baby Adams
D'Baby Adams e o ex-marido
Sebastian Langley em 2011
 
Em 2011, teve dois casamentos breves—primeiro com o empresário britânico Sebastian Langley, depois com o chef português Tomás Sottomayor, ambos supostamente envolvidos em casos extraconjugais.

Seu casamento mais longo foi com o estilista francês Laurent Marchand, com quem se casou em 2013. A relação durou até 2020, quando D’Baby Adams revelou que, embora ele tenha sido seu parceiro mais estável, os dois acabaram se distanciando com o tempo. Atualmente, é casada com o músico de jazz galês Gareth Vaughan, com quem trocou votos em 2020.

Apesar de seus inúmeros casamentos, D’Baby Adams nunca quis ter filhos. Ela declarou publicamente: "Meu único filho é o teatro."

Religião

D’Baby Adams se identifica como anglicana, mas também adota elementos do movimento Rastafári, devido à sua herança santa-lucense. Além disso, ela expressou uma profunda conexão com a religião iorubá, acreditando que o culto aos orixás a aproxima de seus ancestrais. Suas crenças espirituais são um aspecto central de sua identidade, influenciando tanto sua filosofia pessoal quanto seus empreendimentos artísticos.

Visões Políticas

D’Baby Adams é conhecida por seu forte apoio ao Partido Trabalhista, defendendo políticas que promovem o bem-estar social, os direitos dos trabalhadores e a igualdade. No entanto, suas opiniões políticas já foram alvo de críticas devido a comentários controversos sobre imigração. Apesar de sua própria herança imigrante — com pais caribenhos —, D’Baby Adams se posicionou contra a imigração de muçulmanos, alegando que, em sua visão, os imigrantes caribenhos trouxeram uma forte ética de trabalho, enquanto, em contraste, os imigrantes muçulmanos seriam responsáveis por trazer "caos" e contribuir para o que chamou de "cultura da preguiça".

Polêmicas

D’Baby Adams é conhecida por sua franqueza e honestidade sem filtros, o que frequentemente resultou em rivalidades públicas e controvérsias ao longo de sua carreira. Sua postura direta a tornou uma figura polarizadora — elogiada por uns por sua autenticidade e criticada por outros por ser excessivamente confrontadora.

  • Rivalidade com Oprah Winfrey: Durante a produção de A Cor Púrpura, de Steven Spielberg, em 1985, D’Baby Adams e Oprah Winfrey se envolveram em uma disputa altamente divulgada que quase arruinou a carreira de Adams. A rivalidade escalou a ponto de D’Baby Adams tecer comentários afiados contra Winfrey, incluindo chamá-la de "uma mera apresentadora tentando atuar" e declarar: "Algumas pessoas precisam de um microfone para serem ouvidas, mas eu não — quando D’Baby fala, todos escutam." O conflito foi tão intenso que D’Baby Adams mais tarde admitiu que quase a levou a abandonar a atuação. Anos depois, quando D’Baby Adams ganhou o Tony de Melhor Atriz em Musical por Your Eyes II: The Musical em 2019, ela sentiu que tinha sido vingada. Em seu discurso de aceitação, declarou: "Quando D’Baby fala, todos sentam e escutam", uma referência clara ao passado, enquanto Oprah, presente na plateia, não teve escolha a não ser ouvir.
  • Acusação de xenofobia: Em entrevista ao The Oprah Winfrey Show em 2000, D'Baby Adams causou polêmica ao afirmar que estava pronta para deixar os Estados Unidos após as gravações de Beneath the Surface (2000). Embora tenha falado em tom jocoso, reiterou que seu foco estava no Reino Unido e na Europa, onde, segundo ela, a arte era mais vibrante e intensa. Suas declarações, incluindo uma brincadeira em que chamou os americanos de "básicos e bregas", geraram reações negativas nos Estados Unidos e foram criticadas por Joan Rivers. Em resposta, D'Baby ironizou, dizendo que nem sabia que Rivers ainda estava viva.
  • Conflito com Barbra Streisand: Em 1995, durante uma entrevista no programa Radio 2's Afternoon Show da BBC, D'Baby Adams causou um desconforto ao afirmar diretamente para Barbra Streisand que ela era uma cantora dos anos 70, uma época em que D'Baby ainda era criança. A declaração causou desconforto em Barbra, que foi clicada saindo furiosa do estúdio, o que gerou grande repercussão nos tabloides do Reino Unido.
    Incidente com Elton John

  • Desavença com Elton John: D'Baby Adams e Elton John tiveram um desentendimento nos anos 90 após D'Baby criticar a postura de Elton no enterro de Lady Diana, amiga pessoal de Adams. Em entrevista ao The Jonathan Ross Show, D'Baby afirmou que Elton se comportou como se fosse a estrela do evento. Elton respondeu na NME, dizendo que D'Baby deveria se preocupar mais em atuar do que em dar palpites. A tensão entre eles culminou no BAFTA de 1999, onde Elton apresentou a categoria de Melhor Atriz em Papel Coadjuvante, na qual D'Baby foi indicada por sua performance em The Edge of Tomorrow (1998). Ao receber seu prêmio, D'Baby comentou: "Parece que só existe espaço para apenas uma Dama neste país", ironizando o rival, que deixou o palco antes do término de seu discurso, visivelmente irritado.
  • Críticas a Viola Davis: D’Baby Adams gerou controvérsia com comentários desdenhosos sobre a atuação de Viola Davis no filme Histórias Cruzadas (2011). Em entrevista à Vogue UK, Adams declarou: “Jamais desperdiçaria meu talento interpretando uma empregada qualquer apenas para alimentar a empatia performativa da branquitude.” Ela ainda classificou a atuação de Davis como “exagerada” e “constrangedora.”
  • Conflito com Dame Judi Dench: D’Baby Adams entrou em conflito público com Dame Judi Dench sobre o título de "Dama do Teatro Britânico". Em uma entrevista de 2022, D’Baby Adams afirmou que o título lhe pertencia de direito, declarando: "Eu derrubei barreiras que outros nem poderiam imaginar. Alguns subiram ao topo com as costas apoiadas no privilégio branco, enquanto eu tive que lutar por cada centímetro do meu espaço." Embora não tenha mencionado Dench diretamente, os comentários foram amplamente interpretados como uma crítica à carreira da atriz, gerando um intenso debate sobre raça e privilégio nas artes.
  • Críticas a Cynthia Erivo: D’Baby Adams sempre rejeitou comparações entre ela e Cynthia Erivo, que muitos chamam de "a nova D’Baby". Em uma entrevista de 2020, D’Baby Adams desmereceu Erivo como uma "versão inferior" dela mesma, afirmando: "Só existe uma D’Baby. As imitações sempre ficarão aquém." As declarações criaram um atrito entre as duas atrizes, com Erivo posteriormente dizendo que admirava D’Baby Adams, mas considerava seus comentários "decepcionantes".
  • Conflito com Fernanda Torres no Oscar: Em 2025, D’Baby Adams criticou publicamente a indicação da atriz brasileira Fernanda Torres ao Oscar de Melhor Atriz, chamando-a de "injusta" por acreditar que sua amiga Marianne Jean-Baptiste tenha sido preterida. D’Baby Adams também promoveu o envolvimento de Torres em um escândalo de blackface no início da carreira, chamando sua atuação de "básica" e apoiando ativamente Demi Moore na categoria. A rivalidade se intensificou quando D’Baby Adams trouxe à tona controvérsias similares envolvendo a mãe de Torres, Fernanda Montenegro, que também teria participado de um episódio de blackface. Seus comentários foram vistos como uma tentativa de minar a campanha de Torres ao Oscar, gerando reações negativas tanto da indústria quanto de fãs brasileiros.
  • Comentários sobre Ícones da MúsicaD’Baby Adams nunca hesitou em criticar músicos que se aventuram na atuação. No início dos anos 90, Madonna e Cher foram frequentemente alvo dos comentários sarcásticos da atriz. Sobre Madonna, D'Baby Adams a comparou a uma versão genérica e de baixo custo de Marilyn Monroe. Já em relação a Cher, D'Baby afirmou que o Oscar de Melhor Atriz conquistado por ela era a maior vergonha da Academia, resultado de puro lobby e uma campanha agressiva. Ela já classificou as performances de Lady Gaga como "canastronas" e descreveu as tentativas de Beyoncé como "pouco convincentes". Suas declarações frequentemente ganharam destaque na mídia, com fãs das artistas acusando-a de ser desnecessariamente dura. Em resposta, D’Baby Adams declarou: "Atuar é uma arte. Nem todo mundo consegue fazer."

Apesar das controvérsias, D’Baby Adams continua inabalável em suas opiniões, afirmando que valoriza a honestidade mais do que a diplomacia. Embora suas rivalidades ocasionalmente ofusquem seu trabalho, elas também consolidaram sua reputação como uma figura destemida e inflexível na indústria do entretenimento.

Honrarias e Prêmios

Ao longo de sua carreira, D'Baby Adams recebeu inúmeras honrarias, incluindo:

Academy Honorary Award

  • 2018: Em reconhecimento às suas extraordinárias contribuições para o cinema, teatro e televisão, e pelo seu compromisso inabalável com a diversidade e representação nas artes.

BAFTA Award

  • 1999Melhor Atriz em Papel Coadjuvante por The Edge of Tomorrow.

BAFTA Games Award

  • 2022: Interpretação em Papel Coadjuvante por God of War Ragnarök.

BAFTA TV Award

  • 1990, 1991, 1992: Melhor Atriz por Your Eyes.

British Independent Film Awards

  • 1995: Melhor Atriz por Shadows on the Congo.

Critics' Circle Theatre Award

  • 1985: Melhor Atriz por Funny Girl.
  • 2012: Melhor Atriz por Yemanjá – The Queen of the Seas.
  • 2024: Melhor Atriz por Richard III.

Dame Commander of the Order of the British Empire (DBE)

  • 2010: Por seus serviços às artes e seu trabalho na promoção da igualdade racial.

Evening Standard Theatre Award

  • 2008: Melhor Atriz por Hamlet.
  • 2010: Melhor Peça por escrever The Black Fire Within.
  • 2019: Melhor Performance Musical por Your Eyes II: The Musical.
  • 2024: Melhor Atriz por Richard III.

Game Awards

  • 2019: Melhor Interpretação por Call of Duty: Modern Warfare.
  • 2022: Melhor Interpretação por God of War Ragnarök.
  • 2023: Melhor Interpretação por Star Wars Jedi: Survivor.

Golden Globe Awards

  • 1995: Melhor Atriz em Filme – Drama Shadows on the Congo.
  • 1998: Melhor Atriz em Filme – Musical ou Comédia por The Edge of Tomorrow.

Grammy Awards

  • 1977Indicada para Melhor Performance Urbana Contemporânea por "D'Baby is Speaking".

Laurence Olivier Award

  • 1974: Melhor Atriz em Peça ou Musical por This Girl is So Crazy.
  • 2014: Realização de Destaque em Teatro Afiliado por produzir Black Voices of the Windrush.
  • 2016: Melhor Atriz em Papel Coadjuvante por Coriolanus.
  • 2019: Melhor Musical Novo por escrever/produzir Your Eyes II: The Musical.
  • 2024: Melhor Atriz Coadjuvante em Peça ou Musical por Richard III.

London Film Critics Circle Awards

  • 1998: Atriz Coadjuvante Britânica do Ano por The Edge of Tomorrow.

Primetime Emmy Awards

  • 2005: Melhor Atriz Convidada em Série Dramática por The Wire.
  • 2021: Melhor Atriz Convidada em Série de Comédia por Only Murders in the Building.

Royal Television Society Programme Awards

  • 1990, 1995: Atriz por Your Eyes.

Sundance Film Festival

  • 1997: Prêmio Especial do Júri por Elenco de Conjunto por Echoes of a Creole Heart.

Tony Awards

  • 1977: Melhor Performance de Atriz Principal em Peça por This Girl is So Crazy.
  • 1999: Melhor Performance de Atriz Principal em Peça por This Girl is So Crazy: A 25th Anniversary Celebration.
  • 2002: Melhor Performance de Atriz Principal em Peça por Medea.
  • 2019: Melhor Performance de Atriz Principal em Peça por Your Eyes II: The Musical.

Créditos de Atuação

  • Teatro:
    • 1974: This Girl is So Crazy
    • 1978: Oh My Gosh
    • 1981: Someone is Sexing
    • 1983: Baby, Please
    • 1985: Funny Girl
    • 1999: This Girl is So Crazy: A 25th Anniversary Celebration
    • 2002: Medea
    • 2008: Hamlet
    • 2010: The Black Fire Within (Somente escritora e produtora)
    • 2012: Yemanjá – The Queen of the Seas
    • 2014: Black Voices of the Windrush (Somente escritora e produtora)
    • 2016: Coriolanus
    • 2019: Your Eyes II: The Musical
    • 2024: Richard III
  • Televisão:
    • 1989: Your Eyes
    • 2005: The Wire
    • 2021: Only Murders in the Building
    • 2026: Euphoria
  • Cinema:
    • 1985: A Cor Púrpura
    • 1995: Shadow of the Congo
    • 1997: Echoes of a Creole Heart
    • 1998: The Edge of Tomorrow
    • 2000: Beneath the Surface
    • 2025: Black and Powerful
    • 2025: Crown & Conflcit

Discografia
  • 1976: "D'Baby is Speaking", single de 7 polegadas e cassete (EUA e Reino Unido).
  • 1997: Echoes of a Creole Heart: Music from the Motion Picture, trilha sonora.

Livros
  • 2025: "This D'Baby is So Crazy: Why I Speak and People Sit and Listen" (memórias).

Legado

Désirée "D'Baby" Adams é amplamente considerada uma das figuras mais influentes no teatro e cinema britânicos. Seu trabalho quebrou barreiras para artistas negros e remodelou o cenário cultural. Ela é frequentemente chamada de a "Dama do Teatro Britânico", a "Baronesa das Artes Britânicas" e "Lenda Viva do Teatro Britânico".

on quinta-feira, 13 de março de 2025 | | A comment?